domingo, 30 de novembro de 2008

GANHAR DO CAMPEÃO NO ÚLTIMO JOGO É O QUÊ?

  
Fotos do site Futebol Interior

O meu querido América-RN escapa da degola com um dos resultados mais improváveis do campeonato brasileiro de futebol 2008. Venceu o invencível Corinthians-SP. Feito alcançando apenas duas vezes ao longo desta série B, por Bahia (1X0) e Vila Nova-GO(2x1).
Eu temi o pior, pois a ingerência do clube é das mais surpreendentes e não se sabe qual é a próxima ação dos dirigentes. Mas se sabe, que não há boa intenção que resista a uma ordem mal dada e, na maioria das vezes, sem planejamento.
Temi a decadência para terceira divisão e a escrita de uma história triste como o Santa Cruz-PE que afundou de vez para quarta divisão, que inicia em 2009 no futebol brasileiro.
O bacana disso tudo é entender que existe uma força superior que resiste a tudo e iluminou o time na tarde do sábado 29/11/2008. Por mais que os paulistas jogassem contra, tentando livrar o jovem Marília do rebaixamento, o Machadão foi palco do maior espetáculo do final de semana. Afinal de contas os juizes do Sul e Sudeste não são muito fãs de viajarem a trabalho para o Nordeste e ficar correndo às três horas da tarde em tempos de horários de verão. 
Entendo a tristeza deles, assim como gostaria que compreendessem a minha alegria. Um show. 
O América não venceu um simples alvinegro como de costume, bateu o melhor do certame. Daí, me responda: quem ganha do campeão no último jogo do campeonato é o quê?


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

SOBRAS

Penso, logo questiono
O pensar me faz pesar
E peso.
Largo os pensamentos alheios
Sem nada a resolver.

Cem problemas

Pensar é fechar a porta,
Processando tudo que há (por dentro),
"Tão perto de mim e tão longe de tudo"

E neste recondicionamento
A alma me cobra alguma sobra,
Meu auto-conhecimento.

Dos cem, nenhum problema
Problema perfeito.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

MEMÓRIA IMUNOLÓGICA


A ciência dá seus passos e nos ensina a tomar as velhas vacinas que nos prevenirão de grandes males. E como essas vacinas atuam? na maioria das vezes implantando os próprios vírus enfraquecidos e ao invés de nos tornar doentes, criaremos resistência aos mesmos e assim nos fortaleceremos ao longo da vida com alguns reforços mais.
Até esse ponto nenhuma novidade. Mas quando relaciono a memória imunológica aos problemas ligados a realização de um projeto de software a história é não completamente diferente.
Daí se faz necessário manter um time atualizado, vacinado, capaz de trazer o poder da mitigação das falhas por estar mesclado de experiências. Experiência, leia-se: lições aprendidas com os próprios erros do passado.
Por isso pesa ao bom planejamento uma simples e efetiva lista de riscos conhecidos. E será o conhecimento prévio de tudo que pode virar dinamite que definirá os fatores de sucessos do projeto ou se tudo vai voar alto e sem destino definido. 
A lista de riscos deve colocar em consideração cada item que torcemos sempre por não acontecer. Se acontecer, não resta alternativa senão a tomada de decisão e colocar em ação os valorosos cabelos brancos para efetiva reversão. Sem reversão, risco vira problema. Como uma gripe, se não for tratada corretamente, mata o doente.
Nesta hora, acionam-se os bombeiros. Alguns com habilidade em resolver, mas não autorizados a meter a mão na massa e outros até autorizados, mas sem a menor especialidade e que irão ficar no tratamento superficial, o que todo mundo sabe fazer e que não resolve.
Problema grave é UTI. Em software, UTI é sala de guerra. Pode funcionar, mas é sempre ruim e deixa uma série de seqüelas em todos os envolvidos. A começar pela perda de esperança de no futuro realizar um projeto com aderência ao planejamento sem a necessidade de parar tudo de novo e refazer o que passou como um vírus qualquer, entrou compulsoriamente pelas narinas e pôs todos de cama.
Que o bom software sirva de exemplo e receba o patrocínio necessário para seguir a passos lentos e efetivos, sem o crescimento exponecializado que deixará o seu sistema imunológico fragilizado sem a completude das defesas.
Bem pensado, não faz "K-Bummmmmmm".

POESIA


a poesia não precisa dizer que é poesia, ela simplesmente é.
mas a poesia não é poema, é o conceito.
(diálogo com Nelson Gesualdi)

Busco o conceito
Acerto o paradoxo
Seco
Pasmo
Nenhuma grama
Ou paradigma ortodoxo

Descubro a veia
E por indução encontro a droga
Está no mesmo medo que o desencanto
Em frente ao desespero de quem se entrega ao caos

O que está escrito
Pode não ser agradável
Não falar de amor, ou ser bonito
É vômito sincero
A descarga

Pode tudo, pois é conceito
Não tem regras
Não tem fim
Nem começo
É o meio

Passam as idéias
Vem a interpretação
De todas as mentiras escritas
Uma única verdade no coração.

Largo o conceito
Deixo o paradoxo
Parto
Calmo
Com a certeza
De uma palavra não dita
E consciência obesa


imagem copiada do site Arkimagem

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

SAI RUBINHO. QUEM ENTRA?


Bruno Senna e Lucas Di Grassi na disputa de uma vaga na F1

Nem chega ao final do mês de novembro e a Fórmula 1 já está de volta com as disputas na pista. Com Rubinho Barichello sendo descartado da Honda a vaga pode pintar para outro brasileiro. É claro que o inglês Antony Davidson não está disposto a largar o osso, pois já trabalhou como piloto de testes no time e pode ver nesta vaga a oportunidade que faltava para mostrar seu talento.
Os brazucas em questão já fizeram seus nomes na GP2, a categoria que está se destacando como o caminho mais adequado de quem pretende entrar na F1. Bruno Senna e Lucas Di Grassi testaram com os japoneses nesta segunda-feira, dia 17/11/2008, nos testes em Barcelona.
Tudo foi muito encantador para um primeiro dia e eles ganharam bastante espaço na mídia internacional com a volta de um "Senna" na F1. O que é lamentável é que eles tenham que amargar 15º e 17º lugares com um motor que um dia já foi campeão mundial. Mas isso é passado. Coisa para o titio Airton.
O que eles precisarão nesses dias é mostrar um pouco mais de ação para ver quem assume a vaga. Se Di Grassi e sua experiência em F1 como piloto de testes na Renault ou se Bruno como um herdeiro de uma das marcas mais representativas do automobilismo..
Que a disputa seja limpa e que venha um novo campeão. Daí a aposentadoria do Rubinho cairá em boa hora e ele larga o osso para ir para a F-Mundial ou Stock Car.

AS ESTRADAS


As estradas 
Passam por dentro das cidades

As cidades
Surgem à beira das estradas

As estradas
Passam por dentro das cidades
Que surgem do nada

Na estrada passa o cara
O cara passa de carapaça
Quilômetros, Asfalto, buracos, fumaça
O cara passa

Sem destino ou rumo o homem vai
E a estrada fica 


foto copiada do site tecnocientista.info

domingo, 9 de novembro de 2008

EU, O SOFTWARE



Tenho convivido diariamente com a idéia de que o nível de dependência entre os softwares e as pessoas é cada vez mais alto. Os comportamentos dos softwares estão atrelados à forma com que os seres humanos o programaram. Que até mesmo um sistema auto-suficiente e possuidor de inteligência artificial ainda teve em sua origem a essência nas pessoas.

Daí que todo e qualquer software não possui erro. O comportamento dele é análogo ao que foi implementado. E, no caso de ser estranho, confirma o quanto os homens conseguiram interferir. Vai desde a incompletude da necessidade, ao que vai ser especificado e descamba numa fraca programação repleta de características humanas. Erros.

Eu tenho percebido que ainda não temos amadurecido nossos pontos de vista sobre os problemas e que na maioria das vezes preferimos complicar do que simplificar. Entender que a incompletude pode ser útil e ajudar a reciclar os conceitos do negócio.

Na maioria das vezes os negócios não estão mapeados pelo interesse final de uma área de trabalho, mas na alocação de pessoas e suas respectivas capacidades. Destaco nesse aspecto a individualidade de cada ser humano e por fim a representação de nada disso poderia funcionar se houvesse a substituição de Zé por João.

É complicado de explicar? Vou tentar simplificar um pouco mais.

Software é gente. Se alguém chega de mal-humor, isso vira um aplicativo mal-humorado. Pode funcionar, mas é bem possível que esteja sobrecarregado de coisas catastroficamente inviáveis de serem mantidas por outra pessoa.
Nesse ponto junto outra palavrinha: manutenção. Como nenhum software se torna absoluto da origem ao fim, pois acaba sofrendo evolução ao longo da vida, amadurecendo em si e com seus pares, a sua manutenibilidade estará comprometida. Vai ser difícil entender um código todo emburradinho e fazer ele evoluir.

Além desses aspectos torna o homem ao conhecimento do próprio homem e por fim o conjunto de desequilíbrios de toda uma equipe com pessoas desenvolvendo numa arquitetura de solução que mais parece uma fumaça desgovernada e que tende a produzir re-trabalho. 

Fazer e refazer faz parte da evolução dos softwares e isso ajuda na maturidade do homem e consequentemente do software. A gente só precisa entender o quanto disso será vendido - a melhoria - e o quanto disso será absorvido como defeito - inconformidade com a mínima inteligência necessária ao entendimento.

É por conta dessa burrice que nos contagia diariamente que relembro Vicente Serejo, meu prefaciador, jornalista, cronista preferido de Natal. Serejo certo dia chegou na sala de aula, pós as provas corrigidas em cima da mesa, esperando a turma toda sentar-se e calar-se.  O cerimonial foi interrompido por um ansioso, desligado e desinformado: "professor, o senhor trouxe as provas (e as notas)". Sem esperar pela respirada seguinte, Serejo apontou para a porta e expressou enfático: "se eu botar um mata-burro naquela porta, arrisca até mesmo eu não sair da sala".

E, pensando nesse conjunto de idéias venho retomar o assunto das oportunidades, pois todos nós somos os melhores e piores softwares que existem. Os que vão para a gaveta, os que vão para o topo - que servem de exemplos. Software, que está ligado aos sistemas de informação e demais aspectos tecnológicos vão se constituindo cada vez mais de componentes humanos. E, por conceito, de  vida humana.

Eu botei o texto com nome de Eu, o Software para que cada um pudesse pensar em si mesmo e como cada um se relaciona nesse mundo tecnológico. Mas é bem possível que você tenha pensado de forma diferente. Esse é o meu erro, pois sou humano e não vou conseguir prever todos os comportamentos da leitura de meu texto. Imagine eu poder prever todos os comportamentos de um software. Da próxima vez vou intitular: Eu, o Abend.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

ALTERNATIVA




Tento ser, um qualquer, contemporâneo,
Não me relaciono bem, nem a vontade,
Não vejo o real, além da verdade
E um lugar pra o inovar espontâneo.

Viver em conjunto é o nosso destino,
Dividindo os pães e toda colheita.
Só que eu já entendia desta peleita
Antes de meu pai me fazer menino.

E até a simples tarefa de evoluir
Questiono-a. Pra vir por aqui difundir
E vocês já irem se conscientizando.

Que este plano serve pra nos salvar
E é só esperar o velho Cristo autorizar, 
Para voltarmos sempre, vez em quando.
 

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

VOCÊ VIU MEU JEEP?



Tem que gostar muito da brincadeira para sair com a casa nas costas. E de quebra com a frase "have you seen my roomier jeep wrangler unlimited?", onde pergunta pelo seu Jeep Wrangler.

A máquina custa no país de origem entre vinte e trinta mil dólares. Veja no site www.boston.com

A série limitada Romier revive o verdadeiro Jeep, que vem de G.P. (General Purpose) e que não sai da cabeça do povo como um carro que serve para tudo. 

Sim, é fato. Se vai longe de Jeep, mais precisamente em qualquer lugar. Mas usando um raciocício sinergético de pobre, não dá para brincar para cima e para baixo com uma usina de 3.8L, 6 cilindros e 220hp.

Para dar uma força pro Zé Mané aí vou deixar um vídeo do seu carro flagrado por uma câmera escondida. hehehe



quarta-feira, 5 de novembro de 2008

DEU OBAMA, SR. MUDANÇA


Mudar para não calar, para esbravejar. Os Estados Unidos despertam com um novo nome para a Casa Branca.

Obama é uma aposta alta, apesar de ter competido contra uma aposta fraca de seu adversário McCain, um opositor de si mesmo.
Apostar numa promessa é ir ao encontro de uma série de problemas que não se tem a experiência de como tratá-los. E, apesar de ter escrito duas auto-biografias, Obama não teria uma carga mínima de cabelos brancos para sustentar a responsabilidade de governar os EUA.
Sua falta de experiência pode ser bastante útil para encaixar o poder de seu pais dentro da nova realidade do planeta, descobrindo a força de trabalho asiática e poder tecnológico de outros países.
Ele também está carregado de boa vontade e empolgação. Isso pode ser fundamental para que ajude o seu povo a arrumar a casa, mudar uma série de conceitos idiotas, principalmente de que eles governam o planeta.
Acompanho a idéia do Papa Bento XVI no sentido de orar pelo sucesso de seu trabalho em busca de dias melhores para humanidade. É fato de só as preces não vão resolver, será necessário o emprego de uma política voltada para as ações da economia americana que afetam e são afetadas por todo o resto enquanto a mola mestra do mundo estiver apoiada sobre o dinheiro.
Que a aposta no Sr. Mudança seja muito bem aproveitada.

DA GENEALOGIA AGRESTE EM DETALHISMO SIMPLIFICADO

Destaco hoje minha homenagem à Zalkind em comemoração de seus 76 anos. hehehehe


Zalk de Ivonete  
De Paulina de Zé Romão
Finalmente o resumão 
Da genealogia Agreste
Filho puro do Nordeste
Descambado pro Cerrado
Tecnologicamente mestrado
Reciclado em professor
E normativo consultor,
Em detalhismo simplificado

terça-feira, 4 de novembro de 2008

VIVA

Viva
Viva e deixe viver
Viva
E deixe

A quem interessar o assunto
A quem interessar possa
A quem quer que seja
Qualquer um
Quem seja,
Deixe

A este ser resta a resposta
A este resta a pergunta
A luta
A aposta
A sorte
A este,
Deixe

Não há força nesta esfera
Que lhe adiante a espera
Resolvendo seus problemas

Meros dilemas
Interparadoxalmente indexados
Numa carga fútil de preocupações

Viva
E deixe viver
Vida

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

ESCADA EM ESCALADA



Parece divertido o uso da escada-rolante no vídeo do Youtube. E é. Pelo volume de postagens, tem quem goste de curtir o risco de ser moído por uma máquina estranha como essa que gira sem sair do lugar.
Nem sempre o uso inusitado é tão (somente) divertido. No último sábado, 01/11/2008, estava eu resolvendo uma série de coisas num shopping de Brasília depois do almoço. Entre tomar um café, fazer umas cópias e acompanhar a última parte do treino de classificação do GP Brasil. Por sinal, um grande treino, com muita emoção e com Massa conquistando a terceira pole seguida. 
O fato é que adoro fórmula 1 e saí da galeteria onde tinha a única TV sintonizada na prova com uma grande expectativa de vitória. Era a certeza de um grande momento. Eu vivia o momento como uma profecia.
Mas a vida continua e eu iria descer para passar na lotérica, pegar um sorvete e pagar o estacionamento para em seguida me encontrar com minha esposa e minha filha. Fazer o de praxe e depois ir ao trabalho, afinal ainda teria uma tarde/noite longa num cinedebate com o filme "A procura da Felicidade" pela luz do Evangelho Segundo o Espiritismo.
A minha cabeça concatenava todas essas ações quando ouço a voz de minha esposa em um acentuado Lá (sustenido). 
Fui ao extremo. Era um grito de desespero, pensei. Dei meia-volta e resolvi subir as escadas para ir ao seu encontro. Seria fácil, se eu não estivesse quase no meio da escada-rolante. Dei uma patinada, bati com o joelho umas duas vezes nos degraus e com relativo esforço cheguei ao topo sem amassar minhas cópias.
Minha mulher assistia a cena e quando nos encontramos ele me disse que só queria dizer um "oi", que segundo o Priberam emprega-se para cumprimentar, chamar, mostrar espanto ou indicar que não se ouviu bem aquilo que foi dito pelo interlocutor.
Passei uns quinze minutos pensando naquele "oi", subindo escada-rolante ao contrário, tropicando e levantando. Daí por diante, seguiu-se um dia de grandes reflexões, pois eu reconhecia que era capaz de fazer muito mais por um "olá".

ESCRAVOS DO PARAÍSO


Como há de ser uma existência perfeita:
Não ter milhões de problemas para resolver,
Não ter quase nada para nos envolver
E ficar com a vida mais que satisfeita?

Deve ser chato, monótono e complicado,
Compreender que não há mais aonde ir
Perdendo todo o sentido de evoluir,
Melhorando, mesmo já tendo melhorado.

Tento o significado, a representação,
Mas me escapa à boca a definição
E sobra apenas a palidez de meu sorriso.

É a certeza que tenho dessa trajetória.
Esperança de crescer e alcançar a glória
Mas evitando a escravidão do paraíso.

domingo, 2 de novembro de 2008

GANHOU, MAS PERDEU

Massa com o troféu do GP Brasil 2008

Era sabido que a missão impossível de Massa não seria fácil e por conta disso a própria vitória na corrida acabou perdendo até a graça com a conquista do título de Hamilton.
A Rede Globo até titubeou para começar o Tema da Vitória, pois não sabia se seria tocado pelo GP Brasil ou pelo campeonato de pilotos. Foi engraçado para não dizer que foi triste. Reginaldo Leme e Galvão Bueno fazendo as gafes já conhecidas, entre elas a nova de confundir voltas com trechos de volta. Isso não precisava acontecer diante de tanto tempo na TV. Já era para ter aprendido.
Dos fatos estranhos da corrida, destaco como a BMW defendeu a Mercedes na prova. Ela já se retraiu na classificação, o que deu a entender que não iria atrapalhar o título do inglês. Depois na corrida, depois de ficar como retardatário, Kubica andava na mesma balada da melhor  McLaren na pista. 
Seria algum complô anti-ferrari? Não sei. Mas nessa brincadeira, perdeu o terceiro posto no campeonato de pilotos. Kimi passou Kubica com os pontos do pódium. O finlandês da Ferrari não foi melhor que Massa e Alonso, que foi o melhor piloto no final do campeonato. Pena que seu companheiro de Renault não tenha o mesmo ritmo. Piquet Jr ficou no meio do caminho. Abortou a corrida nos acidentes da primeira volta. Coisa de iniciante.
As Toyotas estavam lá no meio da disputa do título, mas no final não fizeram muito. Deixaram apenas os brasileiros com um fio de esperança e quando as lágrimas já estavam vindo à tona de tanta emoção, Timo Glock tira o pé e Hamilton conquista o último ponto que precisava para fazer a diferença.
Massa venceu mais. Seis vezes. Hamilton não teve uma equipe gerando contra-tempos inutéis como largar uma mangueira de combustível engatada ou deixar de marcar pontos quando a vitória estava garantida a duas voltas do final da prova.
Não tenho dúvida que Massa foi mais piloto que Hamilton e que saí deste ano mais fortalecido para a disputa do campeonato do ano que vem. Ele será valorizado e a equipe tentará se redimir de tantos erros que custaram o campeonato.
O GP Brasil 2008 também será marcado com seu nome. São três poles em três anos. Venceu duas e deu uma vitória de presente para o companheiro de equipe. Veremos também de forma única uma prova abrindo e fechando com chuva e com céu aberto no meio - coisas de São Paulo. 
Agora tudo acabou. Para os pilotos, 98 a 97 e Hamilton leva o título. Por equipes, a McLaren não leva por falta de adestramento de Kovalainen. Ele é fraquinho demais e tem tudo para ser despejado ou ficar de sombra como nosso querido Rubinho que sempre foi pago para ficar para trás.
No legado de 2008, ficamos com Massa. Esse é o mundo real dos brasileiros. Um piloto cheio de garra, inteligente e que quase leva a Ferrari de Stefano Domenicali ao feito tantas vezes repetido por Ross Braw e Jean Tod.
Massa fechou o dia com a declaração de que sabe ganhar e perder e que tudo isso faz parte do momento. Resta a nossa esperança de ver essa mesma tranquilidade no ano que vem, contando uma história diferente, seguido de uma grande festa.
Aproveito para parabenizar Hamilton que foi um grande adversário e soube aproveitar as lições do passado para sair com o título de campeão mundial este ano.

A foto dessa é parte integrante do álbum de fotos do UOL, assinada pela AFP/Vanderlei Almeida.

Lição do dia 41 - Sobrevivência

Uma reflexão animal sobre o censo de oportunidade e riscos.