terça-feira, 20 de julho de 2010
ONDE FORES
Me leva onde fores
Me leva como quem leva as flores
Para fazer o dia de sol cada vez mais belo
Me leva na tatuagem da memória
Para nunca mais precisar lembrar
Para nunca mais precisar esquecer
Você estará em mim
Como estarei em você
Me leva onde fores
Me leva onde fores
domingo, 18 de julho de 2010
SONHO ABANDONADO
Se o calor dos dias que disponho
Fosse me aquecer abandonado
Solto à noite, posto de lado
Lado alado de algum sonho
Vazio, porém fico impressionado
E dissolvo o entender bizonho
Saudoso, prazeril e medonho
Que no esquecimento tivera ficado
Ah! entendo as letras quando rimam
Todos os olhos quando lacrimam
Quando rola água de dentro pro colo
Sim, guardo o peito cheio de graça
E se a idéia me cheira a desgraça
Volto pra casa e me desconsolo
Música e Interpretação - Alexandre Siqueira / Letra - Átila Pessoa
sábado, 17 de julho de 2010
CONFUSÃO PERFEITA
Quem não tem alguém
Nem sempre zen
Se encontra além
para descobri-lo inteiro
Vai metade sua imperfeita
Invade a si
Coração do outro
Jogo aberto da razão
Sorte em si
Confusão perfeita
Com a força da emoção
Agregar-se em si
Todo amor se descobre sozinho
Vão te chamar bem, benzinho
quinta-feira, 15 de julho de 2010
ANTECIPAÇÃO ADIANTADA DE UMA NOVIDADE QUE AINDA VOU FAZER
Imponho a nave do tempo no espaço
Trabalhando algarismos avantajados
E deparo com os princípios atolados
Nisso e nas coisas que hoje faço.
Reformando a corporização dos alados
Dou asas a imaginação no regaço,
Na abundância que tudo que há escasso,
Passando recados em tons bem pensados.
Sempre, antes de fazer, me interrogo,
Na antecipação da novidade que prorrogo
Para o dia especial do resultado.
Quieto, me concentro na hiperatividade,
Resguardando-me num canto da cidade
Que se encontra, certamente, do outro lado.
terça-feira, 13 de julho de 2010
OUVINTE
Fale-me de uma rosa
E eu te darei um verso.
Quero que me fale baixinho
Gritando com razões ecológicas,
Se não souber recitar-me uma rosa,
Não quero que me faça poesia,
Faça-me uma prosa.
É que dentro de minha mente duvidosa
Eu teria de arrancar ainda o cheiro
E teu poema não mais seria inteiro,
Seria apenas mais um escrito inodoro
Como toda declaração que eu decoro.
Faça-me um favor.
Fale-me das flores.
*pintura Jardim Florido de Van Gogh
sexta-feira, 9 de julho de 2010
TABULEIRO DE ESTRATÉGIAS
Podemos usar o mesmo tabuleiro para jogar Xadrez ou Damas. Sempre em 64 quadrados, intercalados em tons de cores.
Xadrez é mais nobre, tem uma série de recursos que somente a custa de longo esforço (estudo) será possível executar belas jogadas e grandes jogos. A melhor forma de jogo está diretamente ligado ao fruto de uma estratégia capaz de suportar todas as tentativas de ante-jogo adversário.
Damas é diferente. Damas é mais simples, dá aparentemente a capacidade de um jogador mais fraco de sair vencedor em uma partida se ele conseguir pensar rápido o suficiente a induzir o adversário a jogar tão rápido quanto ele, mas sem perceber as armadilhas de sua jogada perspicaz.
No mundo corporativo vemos muitos planos como grandes jogos de xadrez, rotulados com o poder das estratégias, porém sem a essência do jogo. Desconhecem a capacidade de destruição da estratégia por parte do adversário e emprega peões, cavalos, torres, bispos que sequer compreendem as propostas reais.
Reis e Rainhas tendem ao fracasso se não investirem na qualificação de seus colaboradores.
Somente um jogo bem pensado, com muita gente boa, devidamente capacitada, é capaz de manter uma estrutura produtiva e competitiva no cenário atual. Não há mais espaço para tartarugas em cima de árvores. Elas precisam estar em suas funções e devidamente preparadas para o trabalho.
As estratégias de curto prazo são mais bem orientada se estiverem ligadas a missão das empresas e as de longo prazo alinhadas com a visão de o que essa empresa/instituição/corporação quer ser em um futuro próximo.
Pensando neste raciocínio, quando todo o time internalizar o objetivo da corporação, será muito mais fácil planejar os objetivos dos projetos e das demais realizações, assim por estabelecer metas por pacotes de trabalho e/ou atividades que sejam evidenciáveis. Ou seja, os entregáveis.
Em uma estrutura analítica de projeto (acima) seria possível dimensionar o nível mais alto como o objetivo do projeto e daí por diante ir fazendo as divisões que ainda mantém significado aos clientes. Daí por diante é eleger as prioridades e estabelecer prazos. Eis um planejamento.
Com o tempo o conhecimento adquirido será ampliado de acordo com a capacidade de manutenção da maturidade e tudo tende a se tornar mais simples e vai ficando cada vez mais parecido como um jogo de damas.
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