terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A FOME ORIENTA A CAÇA


É fácil exemplificarmos falhas das atitudes do ser humano a partir da observação dos animais. Sim, também somos animais. Pequenos detalhes nos colocaram numa visão diferenciada no desenvolvimento, mas na essência estamos sujeitos ao erro simplesmente por descuidarmos de nossa história.

A nossa vida é facilitada por uma massa de emprego tecnológico, criando o conceito de que as coisas estão prontas, como uma safra permanente de disponibilidade no shopping ou supermercado. Esta facilidade vem dia-a-dia sendo disponibilizada nos processos da produção de alimentos ou até de equipamentos para robotização higiene pessoal.

Não é nosso objetivo neste momento detalhar cada item que ao longo de nossos dias tornam a vida do ser humano do início do século XXI uma coisa absurdamente diferente de 100 anos atrás. Nos interessa o impacto, em todas as classes sociais, na maior parte das grandes cidades do planeta.

Essa onda de melhorias da rotina tem aberto novas frentes de estudo e inovação, promovendo um desenvolvimento absurdo da competitividade industrial e comercial. Isso tem separado as crianças dos adultos quando analisamos a situação do ponto de vista acadêmico, produção de mestres e doutores, mas mais precisamente tem agitado o mundo corporativo em busca do desenvolvimento da qualidade das pessoas para fortalecer a inteligência e a força de trabalho.

Esta corrida do ouro tem mudado o dia de muitas pessoas. Gente que está fazendo a diferença sobe na carreira. Os demais perdem o interesse pelo crescimento, deixam o tempo passar e evitam fazer mais mudanças em suas atitudes por temer a perda do pequeno espaço restante.

Não é possível continuar desta forma. É preciso acordar. É o mesmo Sol que ilumina o planeta, a mesma lua e tudo mais. Compartilhamos os mesmos recursos como gatos no mesmo saco.

Precisamos compreender que a necessidade nos impõe a vontade de aprendizado. O exemplo do animal que sai à caça, não para fazer estoque, mas para saciar o ciclo da fome que o orienta para a vida.

É preciso sentir-se incomodado para caçar. Não vamos sair pro mato de espingarda na mão. Nossas armas são livros. Nossa luta é contra a pobreza material e moral.

O humano, como ser, carrega ainda mais responsabilidade em ter consciência de fazer o planeta sobreviver, administrando seus recursos, suas limitações com a sua capacidade. Eis a magia do instinto. Bilhões de anos de curtição na natureza para nos ensinar que o conforto nos levará a derrota e que a nossa insatisfação pode ser uma chave poderosa para podermos contar novas histórias amanhã.

Estar insatisfeito é não para nos deixar tristes. Pelo contrário, devemos festejar com alegria, que podemos fazer sempre o nosso melhor possível de maneira ainda mais produtiva. A felicidade será resgatada à vitória de cada degrau em nosso progresso.

O que não dá é para deixar de sentir fome. A fome será nosso guia rumo ao êxito dos propósitos da humanidade.

Lição do dia 41 - Sobrevivência

Uma reflexão animal sobre o censo de oportunidade e riscos.