domingo, 26 de setembro de 2010
QUANDO É HORA DE TERCEIRIZAR
Existem duas evidências críticas a respeito da terceirização. A falta de tempo ou de conhecimento. As duas são criticas devido aos impactos gerados pela não realização das atividades.
Considere por exemplo um lavador de carros. Por que contratamos? Não sabemos lavar o carro ou não vamos investir nossos ricos minutinhos enfiado na poeira e lama das ferragens?
Isso acontece em todos os níveis. Vamos ao caso de um medico. Se gripamos, vamos ao hospital ou já tomamos providências?
Sei que são muitas questões, mas não importa quem contratamos. Se lavadores de carros, médicos, empregadas domesticas, professores, contadores, garçons, cozinheiros, vigilantes, porteiros, consultores de negócios... qualquer um deles, todos farão parte de nossas vidas na medida em que podemos pagar o preço de não saber fazer ou de não ter tempo para fazer.
O desenvolvimento das pessoas e da sociedade foi ao longo do tempo gerando uma série de facilitadores apoiado no conhecimento e habilidade das próprias pessoas. Uma espécie de cooperação, embora muitas vezes não voluntária e muitas vezes não satisfatória.
Essa evolução tem sido recorrente, agora saindo do meio das pessoas e passando diretamente para as coisas. Temos um mundo de eletricidade ao nosso redor que silenciosamente nos apóia em quase tudo que fazemos e muitas horas nem damos conta do quanto vamos nos tornando dependentes destas pequenas coisas.
Como seria nosso dia sem a energia elétrica, ou até mesmo sem o computador? Para ver este blog, por exemplo, a consulta precisou estar conectada a Internet.
Os facilitadores em geral, absorvem determinadas inteligências que não nos ocupamos mais em pesquisar o sentido original. Quase como um transe vamos nos envolvendo e tomamos como verdade sem entender o motivo de as coisas serem o que são. Já temos tantos profissionais especialistas em coisas que não existiam há dez anos atrás do que todo o resto.
O mundo mudou.
Temos que abrir a visão mais alem para ver o óbvio. Nas grandes cidades os alfaiates foram extintos pelas megastores e modas de massa. O baixo poder de compra, aumento de custo de vida, faz com que a maioria da população use as mesmas coisas. É a mediocrização coletiva, fria e gradual, anestesiando os sentidos da grande massa, que muitas vezes não dá conta de qual é o seu papel na sociedade.
Terceirizamos os profissionais de apoio e de serviço especializado, mas não podemos deixar que os nosso projetos de vida sejam conduzidos alheios a nossa vontade e poder de decisão.
Chega de passar a responsabilidade para quem não tem nada com isso. Pois a razão de não ter tempo ou não ter domínio sobre as nossas existências não se aplica a este caso.
Para quem acredita que pode fazer melhor e manter a linha da vida na construção de um dia-a-dia melhor, já passou da hora de agir.
Retome a consciência sobre o que realmente importa e faça valer a pena cada experiência vivida no aprendizado incessante.
Quanto a contratação de profissionais e software para o trabalho, mantenha o entendimento do quanto é necessário para receber a cobertura adequada e cumprir com as realizações propostas. Afinal, é a priorização do tempo que está em voga. Tempo para fazer e de aprender a fazer. Quem não tem tempo, paga o preço.
É como quem bota o filho na escola ciente de que a escola ensina, mas a nobre tarefa de educar é da própria família.
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010
FOCO NO FOCO DO CLIENTE
Pensamos facilmente que só tem cliente se for um lojista, empresário ou industrial. Não é bem assim. Todos nós temos clientes. Possuímos alguém a quem correspondemos com nossas ações.
- Qual é o propósito?
- Qual o interesse de meu cliente em suas realizações?
- Quem é o meu cliente?
Os alunos são clientes dos professores por comprarem a facilidade do entendimento através das técnicas didáticas. É papel do professor vender cada vez melhor os seus serviços, buscando novos desafios para clientes com maior criticidade de interesses.
Da mesma forma um funcionário público de uma área de manutenção predial tem como cliente todos os demais funcionários e eventuais visitantes das locações da organização. É função deste prestar um serviço mais caprichoso, com atenção às necessidades dos clientes, desde uma simples troca de lâmpada até a regulagem ideal do sistema de refrigeração.
Se falarmos de um entregador de pizza também extrairemos as mesmas situações em que o fornecedor atua diretamente ligado ao atendimento à satisfação do cliente. Não basta fisgá-lo, é preciso mantê-lo para poder almejar o progresso com novos e maiores clientes, todos juntos.
Finalmente o que passa a ganhar importância é a necessidade em perceber e atuar no atendimento aos propósitos do cliente.
O cliente enquanto pessoa física ou jurídica tem seus valores. Muitos até destacam Missão e Visão em suas salas de recepção ou sítios pela Internet. Cabe uma leitura no que esse cliente se projeta em suas palavras.
- Que ele quer ser hoje?
- Que ele espera ser no futuro?
- Por que ele quer ser isso?
No fundo entenderemos qual o propósito de sua atuação no mercado, na organização, entidade filantrópica, clube esportivo e muito mais. Muitas vezes a instituição não existe somente para ganhar dinheiro. Dinheiro é importante, mas não é tudo. Metade das empresas no Brasil fecham no primeiro ano e a maioria delas está ligada ao fato de não se planejarem adequadamente para entender qual era o seu propósito. A falha antes de ser um problema financeiro estava na falta de objetividade da compreensão de seu papel na sociedade.
Voltemos para o cliente e suas necessidades. Alguém com 70 anos em 2010 certamente se surpreendeu quando assistiu um programa em branco e preto pela TV em 1950, ou com o advento da geladeira movida à gás e outras coisas que nem damos conta como surgiram. Antes de tais invenções, qual era a necessidade deste cliente? Talvez desejasse poder visualizar a novela que o encantava pelo rádio ou até mesmo aumentar o tempo de conservação de seus alimentos. Mas será mesmo isso?
De qualquer forma os jovens hoje em dia surgem na alta sociedade e nas favelas cercado de TVs e geladeiras como se habitassem de modo tão comum como as próprias paredes. É inegável que se renova o sentido das necessidades, dos interesses pessoais e da família. Da mesma forma nas organizações.
Muitas vezes fazemos as coisas sem saber por que é preciso deste resultado ou de outro. Inchamos a máquina com processos que não sabemos o motivo pelo qual deva ser cumprido e no fim temos sempre uma brutal burocracia sem propósitos claros e sem realizações.
Para tentar ilustrar melhor este problema, cabe sempre uma pausa para definições de pontos de chegada. São os objetivos que pautarão o escopo de trabalho. Não faremos iniciativas sem entender qual o resultado esperamos dela. E nem de forma alheia ao conhecimento dos participantes e demais interessados nestas ações, produtos e resultados.
Se a minha pessoa tem propósitos e meu cliente também tem é preciso alinhamento de parte a parte para a consolidação de uma parceria de sucesso. Antes de tudo, não existirá fornecedor sem cliente. O grande objetivo é a manutenção da força da relação que se move ao longo do tempo, renovando-se nas pequenas entregas de serviços que se apóiam pelos valores intangíveis do cliente.
Fica a dica para que nos planejemos a partir do ponto como nosso cliente pensaria, para poder dar-lhe alternativas de crescimento e progresso rumo aos seus propósitos. Há tendência de permanecer juntos por mais e maiores realizações.
O laboratório desta proposta já funciona em nós desde as pequenas amizades na infância aos nossos relacionamentos familiares. Trate-os como gostaria que o tratassem e tudo o mais se harmonizará. Eis um sucesso.
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010
GERENCIAMENTO DE PROJETOS SIMPLIFICADO
Há sempre uma grande expectativa que os investimentos possam ser rentáveis e que se multipliquem através de cada iniciativa de uma organização, de uma família ou até mesmo quando é estritamente pessoal. Se colocamos algum recurso, esperamos a correspondência em forma de resultados tangíveis e práticos.
Na visão de projetos, procurando resolver o atendimento a uma necessidade pontual como um grande evento ou a construção de uma ponte ou uma viagem de férias, vemos fortemente a facilidade como a incerteza aparece nestes cenários. Não existe algo que confirme se todas as expectativas serão realizadas a contento. Eis a importância de um bom gerenciamento.
É simples de entender: gerenciamento age sobre tudo que pode errado. Não se assuste! agir significa decidir e colocar a mão-na-massa.
Vamos tentar simplificar nossas ações, listando os itens que mais impactam na gestão:
1 - Caracteristicas percebidas conforme Análise de SWOT: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças;
2 - Relacionamento das restrições organizacionais;
3 - Comprometimento das pessoas.
Usemos como exemplo a pessoa que vai ao supermercado. Ela pode levar ou não a sua lista de compras. Pode dimensionar ou não o quanto poderá gastar em dinheiro ou tempo, se há ou não necessidade de levar um filho junto a si e outras coisas mais. O fato é que existem inúmeras formas de fazer as compras e quais delas podem indicar uma taxa de maior ou menor sucesso.
Como atuar para que fiquemos alinhados com o maior sucesso?
Características percebidas
Voltemos para a Análise de SWOT. Vamos entender se temos ou não capacidade de seguir com o planejamento das compras com a lista na cabeça ou se precisamos passar para o papel. Isso identifica se somos fortes ou fracos em um determinado aspecto. E assim por diante, fazemos as diversas análises e tomamos as tantas decisões que nos cercam dia-a-dia no expediente dos projetos e processos.
Quando dominamos as nossas capacidades como características percebidas, temos uma leitura mais qualificada das responsabilidades que podemos assumir e das outras mais que reconhecemos espaço para um pouco mais de preparação. A visão de futuro em relação a nós mesmos é cercado de oportunidades e ameaças, para que atuemos com a gestão de riscos, como quem atua sobre riscos organizaconais ou de projeto. É a mesma coisa.
Relacionamento das restrições
Os relacionamentos de restrições não um termo tão bonito, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças.
Vejamos o caso das empresas como a nossa própria casa. Tem coisas que não podemos mudar de uma hora para outra. Não dá para trocar de filho como as vezes temos restrições de RH nas organizações.
Imagine o cenário: o projeto foi desigado a sua responsabilidade com uma equipe definida e um espaço físico delimitado, nem telefone tem para todos, mas já existe um prazo para implementação da solução/produto do projeto. Essas coisas não mudam facilmente. É preciso saber atuar sobre as limitações, visto que é uma restrição da organização. Se fosse possível abrir a seleção de pessoal, depois escolher um belo local para disposição da equipe, com uma série de recursos de comunicação, sem prazo para cumprir e outras coisas mais, certamente você não teria sido designado como gerente.
Acorde para realidade. Há muitas oportuidades sob a égide dos desafios. Os gerentes de projeto devem estar capacitados a superar-se, aceitar o medo da incerteza como o elemento que o motivará a manter-se sempre alerta, usando-se das caracteríticas percebidas de sua equipe e de sua organização.
Comprometimento das pessoas
Não existe formula de sucesso no trabalho se não houver comprometimento de todos os envolvidos. Envolvido é para ajudar a fazer acontecer. Ajudar a todos os demais a se manterem motivados em prol das realizações do trabalho.
As pessoas são preparadas com cursos e outras técnicas muitas vezes fora do ambiente o qual está desenvolvendo seu trabalho. No expediente, constroem o conhecimento formal do seus projetos e processos e ainda desenvolvem de maneira quase informal as relações pessoais que o apoiarão no desenvolvimento de seu trabalho.
A realidade é que as empresas no século XXI possuem maior facilidade para equipar-se na infra-estrutura, porém os valores em relação as pessoas estão cada vez difíceis de coordenar.
É preciso que haja comprometimento de parte a parte. Não no sentido de eternizar as pessoas nas suas atividades e funções, mas nos aspectos da comunicação e da carreira. Respeito ao profissional e a retribuição do próprio profissional, com investimento em sua melhoria continua e aplicação direta do bom senso com humildade e presteza. Esse tipo de profissional, comprometido com is resultados das organizações será o grande diferencial para formar a liga entre as características percebidas e o relacionamento das restrições para a construção do progresso onde quer que esteja envolvido.
O agente da mudança
Como podemos concluir, há um fio de esperança que as pessoas façam a diferença. Esta é parte que pensa e decide, capaz de agir de maneira positiva para eliminar os ruídos de comunicação e manter aderência em relação aos resultados esperados pelo planejamento estratégico.
Ah! a figura acima foi destacada em uma outra publicação (Blog do Moacir) com o seguinte destaque: "meio comprometimento não existe". Portanto, façamos nossas reflexões como verdadeiros agentes da mudança que esperamos do mundo. Não é preciso só dizer que veste a camisa, tem que ser parte de nós. Com as pessoas cientes de seus papéis e responsabilidades todo o gerenciamento estará cada vez mais simples.
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