quarta-feira, 15 de setembro de 2010
GERENCIAMENTO DE PROJETOS SIMPLIFICADO
Há sempre uma grande expectativa que os investimentos possam ser rentáveis e que se multipliquem através de cada iniciativa de uma organização, de uma família ou até mesmo quando é estritamente pessoal. Se colocamos algum recurso, esperamos a correspondência em forma de resultados tangíveis e práticos.
Na visão de projetos, procurando resolver o atendimento a uma necessidade pontual como um grande evento ou a construção de uma ponte ou uma viagem de férias, vemos fortemente a facilidade como a incerteza aparece nestes cenários. Não existe algo que confirme se todas as expectativas serão realizadas a contento. Eis a importância de um bom gerenciamento.
É simples de entender: gerenciamento age sobre tudo que pode errado. Não se assuste! agir significa decidir e colocar a mão-na-massa.
Vamos tentar simplificar nossas ações, listando os itens que mais impactam na gestão:
1 - Caracteristicas percebidas conforme Análise de SWOT: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças;
2 - Relacionamento das restrições organizacionais;
3 - Comprometimento das pessoas.
Usemos como exemplo a pessoa que vai ao supermercado. Ela pode levar ou não a sua lista de compras. Pode dimensionar ou não o quanto poderá gastar em dinheiro ou tempo, se há ou não necessidade de levar um filho junto a si e outras coisas mais. O fato é que existem inúmeras formas de fazer as compras e quais delas podem indicar uma taxa de maior ou menor sucesso.
Como atuar para que fiquemos alinhados com o maior sucesso?
Características percebidas
Voltemos para a Análise de SWOT. Vamos entender se temos ou não capacidade de seguir com o planejamento das compras com a lista na cabeça ou se precisamos passar para o papel. Isso identifica se somos fortes ou fracos em um determinado aspecto. E assim por diante, fazemos as diversas análises e tomamos as tantas decisões que nos cercam dia-a-dia no expediente dos projetos e processos.
Quando dominamos as nossas capacidades como características percebidas, temos uma leitura mais qualificada das responsabilidades que podemos assumir e das outras mais que reconhecemos espaço para um pouco mais de preparação. A visão de futuro em relação a nós mesmos é cercado de oportunidades e ameaças, para que atuemos com a gestão de riscos, como quem atua sobre riscos organizaconais ou de projeto. É a mesma coisa.
Relacionamento das restrições
Os relacionamentos de restrições não um termo tão bonito, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças.
Vejamos o caso das empresas como a nossa própria casa. Tem coisas que não podemos mudar de uma hora para outra. Não dá para trocar de filho como as vezes temos restrições de RH nas organizações.
Imagine o cenário: o projeto foi desigado a sua responsabilidade com uma equipe definida e um espaço físico delimitado, nem telefone tem para todos, mas já existe um prazo para implementação da solução/produto do projeto. Essas coisas não mudam facilmente. É preciso saber atuar sobre as limitações, visto que é uma restrição da organização. Se fosse possível abrir a seleção de pessoal, depois escolher um belo local para disposição da equipe, com uma série de recursos de comunicação, sem prazo para cumprir e outras coisas mais, certamente você não teria sido designado como gerente.
Acorde para realidade. Há muitas oportuidades sob a égide dos desafios. Os gerentes de projeto devem estar capacitados a superar-se, aceitar o medo da incerteza como o elemento que o motivará a manter-se sempre alerta, usando-se das caracteríticas percebidas de sua equipe e de sua organização.
Comprometimento das pessoas
Não existe formula de sucesso no trabalho se não houver comprometimento de todos os envolvidos. Envolvido é para ajudar a fazer acontecer. Ajudar a todos os demais a se manterem motivados em prol das realizações do trabalho.
As pessoas são preparadas com cursos e outras técnicas muitas vezes fora do ambiente o qual está desenvolvendo seu trabalho. No expediente, constroem o conhecimento formal do seus projetos e processos e ainda desenvolvem de maneira quase informal as relações pessoais que o apoiarão no desenvolvimento de seu trabalho.
A realidade é que as empresas no século XXI possuem maior facilidade para equipar-se na infra-estrutura, porém os valores em relação as pessoas estão cada vez difíceis de coordenar.
É preciso que haja comprometimento de parte a parte. Não no sentido de eternizar as pessoas nas suas atividades e funções, mas nos aspectos da comunicação e da carreira. Respeito ao profissional e a retribuição do próprio profissional, com investimento em sua melhoria continua e aplicação direta do bom senso com humildade e presteza. Esse tipo de profissional, comprometido com is resultados das organizações será o grande diferencial para formar a liga entre as características percebidas e o relacionamento das restrições para a construção do progresso onde quer que esteja envolvido.
O agente da mudança
Como podemos concluir, há um fio de esperança que as pessoas façam a diferença. Esta é parte que pensa e decide, capaz de agir de maneira positiva para eliminar os ruídos de comunicação e manter aderência em relação aos resultados esperados pelo planejamento estratégico.
Ah! a figura acima foi destacada em uma outra publicação (Blog do Moacir) com o seguinte destaque: "meio comprometimento não existe". Portanto, façamos nossas reflexões como verdadeiros agentes da mudança que esperamos do mundo. Não é preciso só dizer que veste a camisa, tem que ser parte de nós. Com as pessoas cientes de seus papéis e responsabilidades todo o gerenciamento estará cada vez mais simples.
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