segunda-feira, 17 de agosto de 2009

DESPERTAR NO BEM


Esse clarão que nos encanta em ser escuro
Cai nesta noite como o último surto.
A espera é longa e o tempo é curto,
Sobra em nós a impaciência pro futuro.

Amadurece e morre minha juventude.
Mesmo no plano infinito das idéias
Regem porções caprichosas de matérias
Sob uma forma duvidosa de saúde.

Vem o calor, o frio, a fome, o abandono,
A vida de meus semelhantes me tira o sono
Quando acordo pro amanhã num pesadelo.

Penso hoje num presente sem promessa
Onde possamos resgatar o que interessa
Vivendo o bem como podemos fazê-lo.

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