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MATURIDADE EM GERÊNCIA DE PROJETOS



Chegou a hora. Roupa limpa, carro abastecido, celular no bolso, já está devidamente preparado para poder ir ao Shopping ou ao Supermercado. Em lugares como estes se compra de quase tudo, nas mais variadas formas de fabricação que o mundo globalizado é capaz de produzir.

Podemos comprar um guarda-chuva chinês ou uma televisão fabricada em Xangai ou produtos esportivos como camisa, meias, bolas de marcas americanas que foram produzidas na China. De qualquer forma, podemos comprar coisas pensadas na Europa ou Estados Unidos que se formam através da mão-de-obra asiática na transformação da matéria-prima Brasileira.

Isso é uma amostra do orgulho da globalization. E assim vamos nós.

Mas como o consumismo se enquadra dentro do contexto da globalização, quando passa a ser comum pensamos que a formação das pessoas perde o sentido de seu valor no ser beneficiário e passa a ter um valor de prateleira. Dia-a-dia milhares de pessoas são conduzidas ao conhecimento sem saber com ainda mais força, mas ainda incapazes de concatenar claramente a importância de cada informação que foi dirigida.

Se o conhecimento e o saber já complicam as mentes dos seres globais, o que diremos mais ao incitar uma discussão sobre a maturidade? Será o fim?

Observemos que há um indicativo de que somente após a compreensão da matéria e respectivo relacionamento com o contexto das situações reais, um sujeito, experimentando e avaliando repetidas vezes, poderia ser iniciado nos processos de ganho de maturidade. Deste ponto de vista, podemos expor ainda que a maturidade é um bem de valor intransferível que se aprende em conjunto com outras pessoas.

É fácil estudar a situação como paradoxo ou contra-senso, despejar um fretamento de risadas e depois deixar tudo como está, tomando de volta o bonezinho de Maria-vai-com-as-outras e conduzindo sua anencefalia em paz.

O problema da falta de maturidade começa e termina na falta de oportunidade. Não da empresas, incapazes de confiar nos seus servidores que foram formados pelos seus profissionais do alto escalão, mas dos próprios empregados que não se respeitam e não confiam em suas capacidades de realização, investindo na perda moral de sua vontade-própria de seu desenvolvimento e assumindo que o sucesso será resolvido por acaso.

Hoje em dia muitos incapazes, desmotivados e altamente inseguros tem sido submetidos as tarefas mais criticas do gerenciamento de projetos profissional. É uma tristeza. E cada vez pior, por perderem as referências do bom exemplo e se sentirem limitados para mudar a situação. Não seria demais pensar que se fosse aberto um quiosque no meio de uma rodoviária com uma placa “compre aqui – maturidade em gerência de projetos” o negócio haveria de receber um volume considerável de interessados em busca de promoção.

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