Pular para o conteúdo principal

A FOME ORIENTA A CAÇA


É fácil exemplificarmos falhas das atitudes do ser humano a partir da observação dos animais. Sim, também somos animais. Pequenos detalhes nos colocaram numa visão diferenciada no desenvolvimento, mas na essência estamos sujeitos ao erro simplesmente por descuidarmos de nossa história.

A nossa vida é facilitada por uma massa de emprego tecnológico, criando o conceito de que as coisas estão prontas, como uma safra permanente de disponibilidade no shopping ou supermercado. Esta facilidade vem dia-a-dia sendo disponibilizada nos processos da produção de alimentos ou até de equipamentos para robotização higiene pessoal.

Não é nosso objetivo neste momento detalhar cada item que ao longo de nossos dias tornam a vida do ser humano do início do século XXI uma coisa absurdamente diferente de 100 anos atrás. Nos interessa o impacto, em todas as classes sociais, na maior parte das grandes cidades do planeta.

Essa onda de melhorias da rotina tem aberto novas frentes de estudo e inovação, promovendo um desenvolvimento absurdo da competitividade industrial e comercial. Isso tem separado as crianças dos adultos quando analisamos a situação do ponto de vista acadêmico, produção de mestres e doutores, mas mais precisamente tem agitado o mundo corporativo em busca do desenvolvimento da qualidade das pessoas para fortalecer a inteligência e a força de trabalho.

Esta corrida do ouro tem mudado o dia de muitas pessoas. Gente que está fazendo a diferença sobe na carreira. Os demais perdem o interesse pelo crescimento, deixam o tempo passar e evitam fazer mais mudanças em suas atitudes por temer a perda do pequeno espaço restante.

Não é possível continuar desta forma. É preciso acordar. É o mesmo Sol que ilumina o planeta, a mesma lua e tudo mais. Compartilhamos os mesmos recursos como gatos no mesmo saco.

Precisamos compreender que a necessidade nos impõe a vontade de aprendizado. O exemplo do animal que sai à caça, não para fazer estoque, mas para saciar o ciclo da fome que o orienta para a vida.

É preciso sentir-se incomodado para caçar. Não vamos sair pro mato de espingarda na mão. Nossas armas são livros. Nossa luta é contra a pobreza material e moral.

O humano, como ser, carrega ainda mais responsabilidade em ter consciência de fazer o planeta sobreviver, administrando seus recursos, suas limitações com a sua capacidade. Eis a magia do instinto. Bilhões de anos de curtição na natureza para nos ensinar que o conforto nos levará a derrota e que a nossa insatisfação pode ser uma chave poderosa para podermos contar novas histórias amanhã.

Estar insatisfeito é não para nos deixar tristes. Pelo contrário, devemos festejar com alegria, que podemos fazer sempre o nosso melhor possível de maneira ainda mais produtiva. A felicidade será resgatada à vitória de cada degrau em nosso progresso.

O que não dá é para deixar de sentir fome. A fome será nosso guia rumo ao êxito dos propósitos da humanidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

OS 7 PASSOS PARA UMA REUNIÃO PRODUTIVA

Compartilho com colegas de trabalho, alunos e familiares as mesmas dificuldades em tornar as reuniões profissionais, pessoais e acadêmicas mais produtivas. Ocorre quase sempre que falta um ar de satisfação coletivo, rastros infinitos de que o encontro não passou de perda de tempo e que apareceram mais problemas do que propostas de solução. Foi pensando em conquistar a sensação que o trabalho realizado na reunião produziu os frutos desejados que aceitei o desafio em propor um modelo que tornasse este glorioso momento em algo positivo. Extrair visão de aprendizado para apoiar a continuidade dos serviços e o que mais possamos tratar durante o evento. O roteiro propõe os seguintes passos: 1. Divulgação prévia da pauta; 2. Preparação para a reunião; 3. Executar o que foi planejado pela ordem; 4. Validar as resoluções item por item durante a reunião; 5. Finalizar a reunião no horário acordado; 6. Assinar a ata durante a reunião e; 7. Agradecer as colaborações aos participantes.

RESTRIÇÃO TRIPLA É SÓ PARA COMEÇAR

Qualquer coisa que resolvemos fazer na vida com razoável controle na avaliação do sucesso da ação estará de alguma forma ligado a uma definição de entregáveis, um espaço de tempo para realização e uma determinada quantidade de dinheiro para o investimento. Daí derivam-se Escopo, Tempo e Custo, conhecidas como restrição tripla na gerência de projetos. Esse conceito é fortemente difundido pelo PMI, organização que mantém um acervo de técnicas para gerenciamento. A tradicional restrição tripla tem sido amplamente divulgada também considerando as necessidades da qualidade. Afinal, a conformidade entre o planejamento e a execução forneceria ótimos parâmetros para registro se o trabalho aconteceu de forma correta. Após observar o nível da importância da qualidade nesse contexto podemos refletir sobre se é este o final da discussão. Muita gente boa já considera que não, pois é bem possível que mesmo que haja alta conformidade na realização o cliente não fique satisfeito. Se nos limitarmos a e

PLANEJAMENTO BOM FICA NA PAREDE

Gostaria de compartilhar com você dois momentos já não tão raros hoje em dia no trato com planejamento. As duas cenas são de Brasília. Na parte superior do post vemos o acompanhamento de uma obra da construção civil e na parte de baixo o agendamento de visitas de uma oficina de veículos. Observem que nas duas situações há um destaque especial para que se torne claro, independente do tamanho do grão, o que está comprometido com o cliente final. Por origem, não se faz cronogramas, agendas, na tentativa de esconder ou enganar. O papel do cronograma é informar e tornar público ao conjunto de pessoas interessadas como todos estão comprometidos com a ação proposta. O painel da construtora está aberto à comunidade e está ao lado do portão de entrada dos trabalhadores. Tão simples que dá para a gente pensar por que todas as outras também não fazem desta forma. Sim, dá para fazer. E não custa nada. Isso é investimento. Um bom cronograma é o mesmo que investir contra o impacto dos riscos, falta